terça-feira, 9 de abril de 2013

Coluna By João Nunes- 25 Anos de Colunismo Social

" A própria virtude precisa de limites" - Montesquieu

**** Esteve repleta a abertura da 12° Edição da Hair Brasil- Feira Internacional da Beleza, Cabelo e Estética, nos Pavilhões da Expo Center Norte, em São Paulo, reunindo lideranças empresariais e hair stylist. A Feira, que se encera hoje, recebeu muitos visitantes durante o final de semana. Francisco Santos destacou em seu discurso o excelente momento do setor e lembrou aos presentes que a indústria nacional está preparada para atender às demandas dos profissionais. A coluna de João Nunes parabeniza Waleska e Francisco Santos por mais uma edição de sucesso da Hair Brasil.

**** A coluna encontrou a elegante hair stylist Isabel Cristina Nogueira, leia-se Jaques Janine Curitiba, desfilando pelos corredores da Hair Brasil, atenta às novidades da maior feira da América Latina.

**** A Mostra SP-Arte também movimentou a capital paulista nos últimos dias. Patrícia Fossati Druck, Presidente da Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul esteve por lá. A elegante mineira Bethy Lagardère também circulou pelos corredores da Bienal, em que um dos destaques foi uma escultura do artista Saint Clair Cemim, por sinal, gaúcho, radicado em Nova York, instalada no estande de Marga Pasquali. Um luxo total!!

**** A cantora Nara Lisboa mandando convite para o jornalista, para prestigiar a inauguração da casa Cabaret Paris, na cidade luz- Paris, na próxima quinta-feira. Sucesso total que deverá reunir muitos brasileiros por lá.

****Novas Ideias

A coluna recebeu convite para se fazer presente na 26° edição do Fórum da Liberdade, nos prédios da PUCRS, evento que leva as maiores lideranças nacionais e internacionais, elevando a um dos maiores eventos de debates da América Latina . O Fórum- 2013 tem como tema "O que se Vê e o que Não se Vê". Nomes como Jorge Gerdau Johannpeter e Nelson Sirotsky participam das atividades. Na programação a entrega do Prêmio Liberdade de Imprensa ao ex- ministro do Supremo Tribunal Federal - Carlos Ayres Britto e do Prêmio Libertas ao empresário João Roberto Marinho, da Globo.

**** E na festa de encerramento do Fórum da Liberdade, logo mais, o cantor Lobão é a atração, no evento que acontece na Casa Vetro. Agradeço o convite.

**** Para deixar registrado, o Fórum da Liberdade reúne à 26 anos, os melhores e mais conceituados jornalistas do Brasil, e foi em um dos primeiros Fórum, que este jornalista conheceu e entrevistou o então governador do Paraná- Jaime Lerner.      



LAIR LEONI BERNARDONI: PINCELADAS DE LUZ 30 ANOS
Catarinense que integra o seleto casting do Museu Francês da Fotografia
abre exposição no MASC nesta sexta-feira, dia 12

João Nunes/Jornalista
      Fotógrafa e escritora reconhecida internacionalmente, a catarinense que cruzou todas as fronteiras a bordo de seu talento, e ganhou o mundo na carona de uma Nikon analógica, fará a mais completa retrospectiva de sua carreira de 12 de abril a 12 de maio, nos salões do Museu de Arte de Santa Catarina, o MASC, em Florianópolis. A exposição Pinceladas de Luz 30 Anos de Fotografia, com vernissage às 20h, reúne as melhores imagens, objetos e memórias de Lair Leoni Bernardoni ao longo de uma trajetória que já rendeu mostras individuais da Grécia ao Canadá, do Chile aos Estados Unidos; campanhas publicitárias; capas de livros, três livros de arte publicados; e um número sem fim de prêmios e homenagens.

     A curadoria da exposição é da escritora Christina Baumgarten, que assina o prefácio do livro homônimo, Pinceladas de Luz, sem economia de elogios. “É como uma esteira de luz que se sobrepõe à escuridão do cotidiano e nos transporta, durante alguns momentos, para uma realidade idealizada nos sonhos. Esse é o efeito que a obra de Lair Bernardoni provoca nos circunstantes: um momento de lirismo, no qual nossa alma voa, divorcia-se da realidade brutalizada do cotidiano terrestre e habita, mesmo por minúsculos instantes, um mundo de sonho onde a beleza dá o tom universal”. O mais curioso, no entanto, é que toda esta capacidade de perenizar e otimizar o que vai no coração ficou escondida, amadurecendo imaculada por mais de 40 anos.

     Enquanto o mundo se rendia à cultura pop, nos idos dos anos 80, Lair descobria sem prelúdios, na mais despretensiosa cena caseira, sua real vocação. Aos 44 anos, ao ajudar a sobrinha a provar o vestido de debutante, a tia-coruja não resistiu. “Ela estava sentadinha na minha cama, só com as anáguas fartas de tule, e com uma luz sobre o cabelo loiro. Paralisei. Era linda a imagem. Tomei a câmera e disse: não te move, eu vou te fotografar”, lembra Lair, que ao criar o vestido nunca imaginou o quanto ele alinhavava sua consagração. “Naquele momento eu estava mudando o ponteiro da minha vida. Foi tão mágico, tão fantástico, que eu não consegui terminar a prova da roupa. E pensava: é isso que eu sei fazer, é isso. Mandei o filme para revelar e quando abri o envelope vi que eram 36 fotografias absolutamente lindas. Joguei tudo para cima e saí correndo como criança, gritando: eu sou fotógrafa, é isso que eu sou”...

     Desde então, tudo mudou para a “amarelinha” de São Francisco do Sul, mãe de cinco filhos, protagonista de um amor Bodas de Ouro com o marido, Cleophano, e fotógrafa auto-didata que coleciona discípulos, fãs e declarações de encantamento. “As pessoas costumam dizer que a minha pintura e os meus quadros são lindos. E eu tenho que explicar que não pinto, eu fotografo. Só preciso de uma luz de janela e da minha Nikon perto do coração, porque ela conhece meu descompasso. Mas a luz é a grande artífice. Eu e a câmera analógica, a mesma de 30 anos atrás, somos apenas coadjuvantes neste êxtase de contemplação, nesta busca pela perfeição que leva a fotografia a ser confundida com uma pintura”, explica a artista que integrou o seleto The Image Bank, nos anos 80 e 90, e que tem o privilégio de contar com seis obras no Musée Français de la Photographie.

     “Cada um escolhe um oxigênio para suprir seus dias. O meu é composto por letras e clics”, resume Lair, que mesmo sem se render às facilidades da câmera digital, disponibiliza boa parte de seu acervo, incluindo portraits, instantâneos da natureza e imagens de todos os continentes, em seu portfólio digital, no www.lairbernardoni.com.br.

 Antes de colecionar milhas, viajando para o exterior repetidas vezes ao ano a fim de “imortalizar” os mesmos cenários em diferentes estações, Lair teve o privilégio de protagonizar o reverso: mostrar a beleza brasileira, mundo afora, em exposições nos mais nobres espaços, como a Galerie Debret, em Paris, o Palazzo Pamphilli, em Roma, a Icaro Room no Rockfeller Center, em Nova York, a Galeria da Municipalidade, em Ottawa, e o Centro Cultural da Municipalidade, em Atenas.

     “A leitura que o público fazia de meus portraits era de uma beleza feminina internacional e essa notoriedade é das conquistas mais marcantes da minha vida. De repente percebi que a fotografia lírica brasileira não apenas era aplaudida, mas seguida, como referência de uma linguagem universal”, explica a fotógrafa que resume, no livro Pinceladas de Luz, uma pequena parcela da comoção que promove, assinada por (re)nomes da Literatura, como, por exemplo, Pasquale Cipro Neto, Mario Quintana, Artur da Távola, Thiago de Mello e Lindolf Bell. Agora a retrospectiva destes 30 anos dedicados à arte vai revelar onde se pode chegar quando se deixa o casulo, ou, no caso de Lair, a pacata ilha que abriga o Farol onde vive. “Será uma compilação dos melhores momentos sim, mas vai passar longe de um ponto final. É hora de alçar novos voos, alargar os horizontes, conhecer mais gente que agregue à vida a essência que enriquece o exercício de cada dia”, promete, incansável, insuperável.  
A coluna e o jornalista João Nunes sente-se honrados pelo convite para o evento.

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