Foto: Divulgação/NQM/No Sofá
Hospital
da Beneficência Árabe é o mais novo hospital de Curitiba
Projeto
tem valor aproximado de R$ 500 milhões e deve entrar em operação
em 2016
Um novo hospital acaba de ser lançado em Curitiba. Trata-se do Hospital da Beneficência Árabe do Paraná cujo projeto foi apresentado oficialmente no último sábado, durante jantar organizado pela SABEN (Sociedade Árabe de Beneficência do Paraná). As obras estão previstas para começar em 2014, mas o projeto arquitetônico já revela traços de um empreendimento que promete ser o primeiro hospital de excelência médica da região Sul e que deve integrar a seleta lista dos hospitais referência do Ministério da Saúde.
Instalado
numa área de 10 mil metros quadrados, no bairro de Vila Isabel, o
Hospital da Beneficência Árabe do Paraná é fruto de uma
iniciativa que vem mobilizando a comunidade árabe no Estado e
sintetiza um trabalho iniciado há pouco mais de 20 anos pela SABEN.
“Tornar realidade a construção de um hospital é uma das maiores
vitórias que obtive ao longo da minha vida. É devolver ao Paraná
tudo aquilo que o Estado deu aos nossos antepassados”, afirma o
presidente da SABEN, Rached Hajar Traya, coordenador do projeto do
hospital junto com Farid Sabbag e Ellie Lebbos, respectivamente
presidente do Conselho Consultivo e vice-presidente da SABEN.
O
hospital terá um custo de R$ 500 milhões, sendo que parte deste
valor será bancado por financiadores externos e doadores
individuais. O projeto foi apresentado ao corpo diplomático árabe,
em Brasília, e deverá ser apresentado ainda este ano aos países
que já manifestaram interesse em participar da construção do
hospital. “Temos uma grande expectativa em ter países árabes como
patrocinadores, pois, existe uma tradição de ajuda destas nações
a projetos como o nosso”, revelou Rached. Com o financiamento
viabilizado, a ideia é lançar o edital de licitação para a
construção do estabelecimento em janeiro de 2014, com início das
obras previsto para julho do mesmo. A inauguração da primeira fase
está prevista para 2016.
Modernas
instalações
O
Hospital da Beneficência Árabe do Paraná será um dos mais
modernos complexos hospitalares do Brasil. Focado em procedimentos e
atendimentos de alta complexidade, o hospital terá as seguintes
especialidades: Cirurgia Geral, Cirurgia Bariátrica, Cirurgia
Torácica, Neurocirurgia, Colo-Proctologia, Urologia, Nefrologia,
Infectologia, Pneumologia, Ortopedia e Cardiologia. Haverá ainda uma
área destinada para Transplantes (renal e hepático) e Oncologia
(clínica e cirúrgica).
O
centro cirúrgico será composto por 14 salas, com modernos
equipamentos, além de uma sala de descanso para os médicos,
enfermeiros e instrumentadores Também serão incorporados no centro
cirúrgico laboratório de patologia, posto de enfermagem, secretaria
do centro cirúrgico, entre outros espaços destinados as ações
complementares à cirurgia. “Todo o desenho de fluxo está sendo
discutido com os profissionais da área de enfermagem e há uma
grande preocupação em se conceber ambientes amplos, para maior
comodidade dos cirurgiões”, explica Rached.
Ao
todo, o hospital terá 220 leitos divididos nos seis pavimentos do
prédio, com apartamentos para atender o público de forma
diferenciada. A UTI geral terá 55 leitos, 30 deles dedicados
exclusivamente às enfermidades coronarianas. O projeto contempla,
ainda, 15 vagas para o day
hospital,
ou seja, para pacientes de cirurgias menores, terapias hospitalares
que não tem necessidade de internação. Para maior comodidade e
integração das atividades, o hospital terá também consultórios
médicos, centro de diagnósticos, serviço de check
up
corporativo e, numa segunda fase, uma unidade materno-infantil.
Sonho
concretizado
Desde
1993, quando foi fundada, a SABEN persegue o ideal de construir um
hospital, nos mesmos moldes do Hospital Sírio-Libanês, de São
Paulo. Entretanto, a ideia não avançou por conta de outras
prioridades da entidade e das diretorias anteriores. Ao assumir o
comando da Sociedade, ao final de 2011, os diretores entenderam que
era chegada a hora de perseguir novamente a audaciosa iniciativa.
Para isso, definiram uma reestruturação da entidade, com a criação
de novo estatuto e novas diretrizes, e pela união da comunidade
árabe no Estado para que o projeto se concretizasse. “A
coletividade árabe é bastante plural. Fazemos parte de um grande
mosaico, e como todo mosaico, é necessário que as peças se unam
num conjunto, de forma harmônica”, ressalta Rached.
Com
a harmonia das correntes ideológicas e de orientações religiosas
distintas em torno de um único projeto, a diretoria deu um novo
passo: realizou estudos de mercado e as necessidades do Estado na
área hospitalar, a partir de informações obtidas junto ao
Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do Paraná, IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e ANS (Agência
Nacional de Saúde Suplementar). Em seguida, junto com uma equipe,
desenvolveu um plano de negócios detalhado para que o modelo
desejado pudesse atender a necessidade real da população do Paraná.
À
medida que o trabalho em torno da SABEN foi se consolidando,
importantes parceiros se uniram à empreitada. O primeiro deles foi
o Governo do Paraná, que cedeu o terreno para a construção e
encaminhou projeto de lei para tornar a SABEN uma entidade de
utilidade pública – título concedido também nas esferas
municipal e federal. “Cada envolvimento destes parceiros foi
fundamental para que o Hospital deixasse de ser um sonho”, revela
Rached.
Outro
grande diferencial do Hospital é o Instituto de Ensino e Pesquisa
(IEP), lançado em agosto deste ano, e a parceria com o Hospital
Sírio-Libanês, de São Paulo, referência em medicina para todo o
Brasil. “Neste momento, estamos
construindo parcerias operacionais com o Sírio-Libanês, com
orientações e aconselhamentos, o que, de certa forma, nos conduz a
um cenário de parcerias institucionais futuras”, afirma. Para ele,
além de parceiro, o Hospital Sírio-Libanês tem sido a maior fonte
de inspiração para o projeto paranaense. “Pautamos e estruturamos
nosso projeto com base no que hospitais como o Sírio-Libanês,
Hospital do Coração, Albert Einstein, por exemplo, promovem e
praticam como modelo assistencial. Além disso, a história de
formação e implantação destes hospitais é muito semelhante ao
nosso projeto”, finaliza Rached.
Fonte: NQM Comunicação
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